Anta de Zedes


Anta de Zedes

Nas fraldas da serra de Reborosa, Zedes encontra-se a cinco quilómetros da sede de concelho. O seu povoamento é também remotíssimo e remonta a épocas pré-históricas, tal facto é documentado pela existência de um dólmen ou anta.
A tradição popular refere que esta anta é a Casa da Moura. Conta-se que a fraga que cobre as outras foi trazida à cabeça de uma moura que trazia um filho às costas e, ainda, enrolava um novelo de lã. Muito semelhante ao dólmen de Vilarinho da Castanheira, a Casa da Moura é de câmara oblonga, formada por nove esteios graníticos desigualmente inclinados. A galeria é constituída por duas pedras postas em cutelo. Foram encontradas diversas pinturas megalíticas, no seu interior, que parecem representar figuras humanas e de animais. Apesar da dificuldade de determinar a idade deste monumento, é de crer que tal se situe entre o Neolítico final e a Idade do Bronze.

Anta do Vilarinho da Castanheira


Anta do Vilarinho da Castanheira

Também denominada como Pala da Moura, a Anta de Vilarinho da Castanheira encontra-se relativamente bem conservada, com a maior parte dos esteios em pé, suportando a tampa. Apresenta pinturas na face interna do esteio fronteiro à galeria de entrada. Essas pinturas, bastante deterioradas, são de cor vermelho-púrpura e representam SS e 88. De maiores dimensões que a de Zedes, está menos conservada, apresentando alguns esteios tombados ou partidos.

Casa Brasonada de Zedes


Casa Brasonada de Zedes

Solar brasonado da Casa Barbosa e respectiva cerca com a Capela lateral que ostenta a data de 1873

Casa da Selores


Casa da Selores

Formada por dois corpos distintos, tem junto, à direita, mas recuado um metro da frontaria, a capela. Esta, edificada pelo dito Frei Gonçalo para sepultura dos seus pais, conforme inscrição gravada na verga da porta:
CAP. Q. MANDOV FAZER Dº G.º DE MORAIS
BPO DO PT.º Pª Sª DE SEVS PAIS E IRMÃO AN
To DE MORAIS E DE NS 1616
Este edifício é caracteristicamente do século XVII, de linhas direitas, toda de cantaria, com um único vão, o da porta da entrada, tendo, como remate do entablamento saliente, um frontão curvilíneo, ladeado por duas pilastras, no meio do qual o brasão do fundador. Sobre o beiral, um singelo campanário em arco.
A Casa, propriamente dita, é formada por dois corpos distintos, construídos em épocas diferentes.
O da direita, que junta à capela, deve ser bastante posterior tanto ao outro corpo como à própria capela. Nitidamente do século XVIII, apresenta-se todo caiado de branco, com a sua fiada de seis janelas de avental no andar superior, ricamente emolduradas, de belo efeito arquitectónico. Ao centro, a única porta de toda a fachada, entre dois janelões gradeados do mesmo tipo das janelas do andar superior, mas menos ricos em ornatos, é sobrepujada por uma monumental pedra de armas.
O outro corpo da casa apresenta, a todo o seu comprimento, uma lindíssima varanda de dez colunas salomónicas de capitéis jónicos, que sustentam a cornija, ornada de duas fiadas de dentículos e protegida por amplo beiral. Ao meio, entre duas colunas, um grosso pilar, no qual assenta outra pedra de armas e que deve ser posterior à construção da varanda, talvez da mesma época do outro corpo.
Todo este conjunto, de rara beleza, dá jus de poder ser considerado como um dos mais belos solares de toda a região transmontana. Pena é que o seu interior não seja mais do que uma impressionante e dolorosa ruína, não havendo o mais pequeno vestígio da opulência desses nobres fidalgos, que segundo a tradição, quando iam de jornada a Lisboa de liteira nunca pernoitavam fora das suas propriedades.
Anda ligada a esta Casa um romance de Camilo, «O Santo da Montanha», cuja acção e personagens se adaptam ao Solar e a alguns dos Senhores de Ansiães.

Castelo de Ansiães


Castelo de Ansiães

O castelo de Ansiães é constituído por duas muralhas em granito.
A muralha exterior era denominada Muros da Vila e mede cerca de 625 metros.
O seu muro tem três portas e um postigo. Uma virada a sul, serve a povoação de Lavandeira e chama-se Porta da Vila. Uma outra que dá para Nascente, denominada Porta da Fonte Vedra. A Porta de S. Francisco encontra o alcatrão da estrada municipal a Norte. É a mais espaçosa. O postigo, a poente, mais pequeno que as outras entradas, toma o nome da Igreja de S. João Baptista que fica perto.
A muralha interior, designada de Castelo, tem de extensão 323 metros e tem apenas uma porta e um postigo.
A Porta de S. Salvador toma o nome da Igreja que dela dista uma dúzia de metros. Avançando para poente deparamos com a Torre de Menagem, os anexos e a cisterna que servia de reservatório de água. Junto destes encontramos o Postigo da Traição.
Inter-muros situa-se a Igreja de S. Salvador é considerada “uma jóia da arquitectura românica”, do século XII. A sua originalidade reside no portal ocidental, de granito ricamente decorado com cenas do Evangelho.
A Igreja de S. João Baptista fica fora dos muros e encontra-se em ruínas.

Fonte das Sereias e antiga Casa da Câmara / Praça


Fonte das Sereias e antiga Casa da Câmara / Praça

Conjunto integrando chafariz e edifício fronteiro setecentistas, correspondente à antiga casa da Câmara. O chafariz, em granito, tem ao centro uma coluna sobre um plinto de altura idêntica à do tanque. A coluna tem o fuste constituído por quatro sereias dispostas verticalmente, em jeito de cariátides e é rematada por um anelete, daí partindo o arranque da taça. Esta é de contorno circular e encontra-se decorada com caneluras profundas que partem do centro de forma radiante. O perímetro é ornado com quatro mascarões com bicas, dos quais partem motivos em voluta e acanto que se entrelaçam. O conjunto é coroado por motivo cúbico que em cada face ostenta um nicho com imagem da padroeira, Santa Águeda, enquadrado por duas cruzes em alto relevo junto aos ângulos superiores. Remata o conjunto um motivo cilíndrico ornado de arcos e círculos em alto relevo, sugerindo vãos, e que foi interpretado como a figuração de um castelo.
A antiga casa da Câmara é um edifício em aparelho de silhares de granito, com planta rectangular, dividido em dois registos e escada de acesso lateral na fachada este. O frontispício, orientado a norte, tem cinco vãos e, ao centro, a pedra de armas sobrepujada por uma inscrição. Sobre o telhado ergue-se uma sineira.

Paisagem de Foz-Tua


Foz-Tua

Foz-Tua é o nome da povoação que se desenvolveu no lugar onde o rio TUA desagua no rio Douro.
Aqui vamos encontrar grandes vinhedos de rara beleza onde se produz o vinho generoso, conhecido por vinho do Porto.
Os lados montanhosos do vale estão cobertos de terraços e suportados por grossos muros de pedra.
O sistema antigo de terraços mais estreitos, (algumas vezes só com uma única fila de vinha), está a desaparecer. Hoje em dia, terraços muito mais largos chamados “patamares” são abertos com bulldozers. Estes, não têm necessidade de muros de suporte e permitem a mecanização.
Alguns produtores preferem não utilizar patamares e em vez de plantarem as vinhas horizontalmente à montanha, plantam-nas na vertical.

Igreja da Lavandeira




Igreja da Lavandeira

A igreja paroquial de Santa Eufémia da Lavandeira é uma capela do séc. XVII de planta complexa, constituída por alpendre, nave e capela-mor rectangulares e uma sacristia e torre sineira quadrada adossadas a sul.
A fachada principal apresenta um alpendre sustentado por colunas toscanas assentes num muro de 1,38 m. A cornija é despida de decoração. No seu interior o alpendre tem um forro em madeira que se apresenta deteriorado. O acesso à nave é feito por um portal de verga recta, encimado por um frontão curvo interrompido e ladeado por duas janelas de cornija saliente.
A torre sineira ergue-se do lado direito e divide-se em dois registos demarcados, tendo o superior uma dupla sineira e um relógio de aplicação recente. O registo inferior tem lateralmente uma porta com varandim.
O interior mostra um lambril de azulejos figurativos azuis e brancos e, no lado do Evangelho, um púlpito em talha. O pavimento é de granito, e o tecto, em falsa abóbada, apresenta caixotões pintados com temas do hagiológio católico. O arco triunfal assenta sobre pilastras pintadas, ladeadas por retábulos de talha.
A capela-mor, também com lambril de azulejos azuis e brancos, apresenta igualmente o tecto com caixotões pintados. O retábulo de talha dourada é decorado por parras, uvas e "putti". A sacristia tem um arcaz encimado por vão pleno, pintado com motivos rococós. O tecto tem também caixotões pintados.

Igreja de Linhares


Igreja de Linhares

Trata-se de uma igreja do século XVIII, orientada a oeste, cuja fachada apresenta um portal de arco levemente abatido, encimado por um frontão triangular interrompido. Por cima deste abre-se uma janela lobulada, em formato de flor com quatro pétalas, rodeada por forte aplicação fitomórfica. Por cima desta janela foi feita, no início do século XX, a aplicação de um relógio. Inserida numa cartela está a data de 1773, em numeração romana. O remate do edifício tenta atingir o triângulo se bem que de forma ondulante e só no lado direito, pois do lado esquerdo ergue-se a torre sineira. Esta está dividida em dois registos, estando o sino no último. Encima a torre uma balaustrada e um telhado em forma de agulha.
No interior, o chão é de cantaria e a cobertura é em abóbada de meio canhão, pintada. Os altares são ornamentados em talha.

Igreja de S. João


Igreja de S. João

Desta igreja românica com alguns elementos góticos, localizada outrora extramuros da vila de Ansiães, pouco hoje mais resta de que um espaço arruinado, com o chão em terra e já sem cobertura. Tem a particularidade de não possuir porta principal, processando-se a entrada por uma porta lateral, de arco quebrado. A nave e a capela mor são rectangulares, com um arco triunfal ogivado, assente em pés direitos com ábacos chanfrados. O aparelho é de cantaria siglada. Conserva do lado exterior três sepulturas escavadas na rocha.
Acesso: EN 632, cruzamento à direita para a direita para o Castelo de Ansiães, a 3 km de Carrazeda. Fica um pouco antes da entrada para o interior das muralhas, do lado direito da estrada.

Igreja de Marzagão


Igreja de Marzagão

A Igreja é uma construção granítica de Torre sineira central e com um adro que tem dois ciprestes defronte escondendo um pouco a monumental idade e beleza do edifício. No interior, além da rica talha barroca e renascença em três frontais de altares, tem painéis no tecto da Capela-Mor com 45 quadros e no Corpo do templo com 99.

Igreja de S. Salvador


Igreja de S. Salvador

A igreja de S. Salvador constitui, sobretudo pela exuberância da sua decoração, um raro e notável exemplo da arquitectura românica. A sua fundação deve remontar ao século XII e julga-se que o seu primitivo orago terá sido S. Pelágio. Em 1431 encontrava-se arruinada, mas em 1447 procedeu-se à sua reconstrução e, embora o gótico fosse então o estilo dominante, foi com as primitivas formas que foi reedificada. Com o declínio e abandono da vila de Ansiães, a igreja foi igualmente abandonada e ficou em ruínas. Entretanto restaurada, constitui um dos principais motivos de interesse do concelho de Carrazeda de Ansiães.
Trata-se de um templo de planta longitudinal composta por uma nave única e capela-mor, tendo no exterior, do lado direito, uma capela funerária rectangular. A fachada principal, orientada a oeste, apresenta no portal um dos mais importantes exemplos da gramática escultórica do românico português.
Acesso: EN 632, cruzamento à direita para a direita para o Castelo de Ansiães, a 3 km de Carrazeda.
Protecção: Monumento Nacional, Dec. nº 14 985, DG 28 de 03 Fevereiro 1928.

Linha-férrea do Tua




Linha-férrea do Tua

Após vários problemas quanto à definição dos traçados das linhas na região do Minho e Trás-os-Montes, foi aberto concurso, para a construção da Linha do Tua, pela carta de lei de 26-04-1883.
O I.º troço desta linha, entre Tua e Mirandela foi inaugurado em 29-09-1887 com a presença da família real.
Ao acto inaugural assistiu Sua Majestade o Rei D. Luís, que se fazia acompanhar do infante D. Afonso e do Ministro das Obras Públicas, Barjona de Freitas.
O comboio real foi rebocado pela locomotiva n.º 1, que recebeu o nome de "Trás-os-Montes", e que foi pilotada pelo Chefe da Exploração, Eng. Dinis Moreira da Mota.
Na estação do Tua compareceram as Câmaras Municipais de Alijó, Carrazeda e Pesqueira e em Mirandela aguardavam Sua Majestade, o Sr. Governador Civil e Bispo de Bragança, as Câmaras Municipais de Mirandela, Macedo de Cavaleiros, Bragança, Valpaços, Vila Flor e Alfândega da Fé, acompanhados de seis bandas de música e de milhares de pessoas.
Feitas as apresentações oficiais, houve recepção nos Paços do Concelho... Sua Majestade... o Infante e suas comitivas, foram hóspedes do Conde de Vinhais... Mirandela começou a sentir o progresso, motivado pelo caminho-de-ferro.
Acrescente-se que a locomotiva citada, construída por Emil Kessler - Esslingen, na Alemanha, em 1887, encontra-se preservada na Secção Museológica de Bragança com o n.º CP E81.
Bragança, capital de distrito não podia deixar de ter o seu caminho-de-ferro, apesar do difícil concerto sobre o prosseguimento da linha.
No ano de 1906, em 14 de Agosto, Rossas recebeu o comboio, sendo o "velho" desejo satisfeito, com a chegada da composição a Bragança, em 01-12-1906.
Em 1947, a Linha do Tua passa a ser explorada pela CP no seguimento de um processo de unificação da exploração da rede ferroviária nacional.
Os estudos desta linha, assim como a sua construção, ficaram considerados como dos mais notáveis trabalhos da engenharia portuguesa. João da Cruz do concelho de Carrazeda foi o seu principal obreiro.
Em 01-01-1990 o troço entre Mirandela e Bragança é encerrado.
Em 28-06-1995 é entregue à empresa do Metro de Mirandela a exploração o troço entre Mirandela e Carvalhais, numa extensão de 4,1 km.
Em 21-10-2001 é entregue a exploração da restante linha (Tua a Mirandela) à empresa do Metro de Mirandela.

Miradouro do Valpedro (Beiragrande)


Miradouro do Valpedro (Beiragrande)

A paisagem do Douro em toda a sua plenitude onde as vinhas em socalcos da Quinta dos Canais e um largo troço do Douro fazem soltar ao mais distraído um Ah de “estupefacção”.

Pelourinho de linhares


Pelourinho de linhares

Trata-se de um pelourinho do século XVII, erguido sobre um soco com três degraus quadrangulares. Não tem base e o fuste é liso, redondo e alto, com tendência a estreitar à medida que se aproxima do remate. Este último é em forma de florão.
Acesso: EN 214 de Carrazeda de Ansiães para o Tua, cruzamento à esquerda para Linhares. Praça. do Pelourinho.
Protecção: Imóvel de Interesse Público, Dec. nº 23 122, DG 231 de 11 Outubro 1933.

Pinturas rupestres do Cachão da Rapa


Pinturas rupestres do Cachão da Rapa
O acesso à Fraga do Cachão da Rapa, popularmente conhecida por “Curral das Letras”, faz-se pelo lugar do Zimbro, descendo o caminho em terra batida, mas acessível para qualquer veículo motorizado, até à ponte de caminho de ferro junto do Douro. Aí, segue-se pela linha do comboio de ferro até ao túnel da mesma linha (km 142,2 da linha do Douro) a pouco mais de 2 km da estação do Tua. O acesso é bastante difícil o que tem contribuído para a conservação das pinturas. Estas encontram-se num penedo granítico sobranceiro ao rio Douro (confronte figura). São constituídas por um conjunto de cerca de três dezenas “de figuras megalíticas elaboradas com formas geométricas, podendo algumas ser encaradas como representações humanas muito esquematizadas. A maioria das representações é constituída por figuras quadrangulares com o interior seccionado em xadrez, possíveis representações de ídolos neolíticos. São encimadas por dois traços vermelhos. Existem ainda motivos quadrangulares mostrando o interior segmentado de forma oval ou circular. Foram usados o vermelho cor de vinho e o azul-escuro, quase negro, sendo este último bastante raro”. Este conjunto de pinturas megalíticas é monumento nacional, pela publicação em Dec. nº 32 973, DG 175 de 18 Agosto 1943.

Ponte romana de Marzagão


Ponte romana de Marzagão
Constituída por dois arcos, enquadra-se num sítio belíssimo junto da aldeia de Marzagão. Dista de Carrazeda quatro quilómetros.

Ponte romana dos Pereiros


Ponte romana dos Pereiros

Podemos encontrar estaa ponte romana junto da aldeia dos Pereiros. Possui apenas um arco e é denominada de Ponte das Olgas.

Quintas do Douro



“O modelo das quintas no Douro mantém-se grosso modo intacto desde o século XVIII. Os edifícios principais são feitos contra um socalco. Integram uma casa principal – a casa do patrão. Atrás desta fica a adega, tradicionalmente servida de lagares de granito. Por baixo da casa situam-se os armazéns, que aproveitam as leis da gravidade para o transporte do vinho”. Normalmente, a quinta inclui também a casa para os caseiros e para os trabalhadores sazonais que eram autênticos depósitos para “animais” como Torga retrata no romance “As Vindimas”.
A maior parte das quintas do Douro estabelece-se na segunda metade do século XVIII. No século seguinte, já os vinhos das quintas se vendiam em Inglaterra. As marcas com os nomes das quintas vão-se impondo principalmente na segunda metade de novecentos.
No mapa do barão de Forrester em 1852 são referidas no Douro 79 quintas. Carrazeda de Ansiães possuía 27 quintas em 1943 para um total no Douro de 827 . Uma das maiores quintas do Douro é a Quinta dos Canais situada neste concelho na freguesia de Beira Grande.

Senhora da Ribeira


Senhora da Ribeira

A Senhora é uma das paisagens ímpares de Carrazeda. A estrada que liga o Seixo de Ansiães a Coleja e à Senhora da Ribeira mostra ao viajante uma paisagem variada e cheia de encanto onde se cruzam a flora do planalto e da ribeira. Chegados ao rio depara-se com um dos troços mais belos do Douro Vinhateiro, património Mundial da Humanidade. Aí o espelho da água e toda a paisagem envolvente constituem um binómio singular de construção humana e natureza.

Solar dos Sampaio


Solar de Sampaio em Linhares

Esta residência da família Sampaio é um edifício setecentista, dividido em dois registos. No primeiro piso da fachada principal, virada a sul, existem três janelas de moldura trabalhada, a que correspondem outras tantas no piso superior. A meio existe a porta de entrada, tendo por cima dela a sala principal, representada exteriormente por janela com varanda. Por cima desta está patente o brasão da família Sampaio. Nas fachadas laterais rasgam-se dois grandes janelões, um de cada lado. Nos cantos do edifício existem quatro urnas em pedra.
Acesso: EN 633, na aldeia de Linhares.
Protecção: Imóvel de Interesse Público, Desp. 3 Agosto 1990.

Termas de S. Lourenço



As Caldas de S. Lourenço, com águas famosas e termais que curam doenças de reumatismo, ou de pele, ficam a três quilómetros de Pombal. Têm ajudado a dar nome à freguesia e a fazer vir um certo turismo até ali.

Apesar de não ter muito mais que uma dúzia de habitações, algumas numas ruínas evidentes, a Capela de S. Lourenço mantém-se rústica e típica, sendo local procurado para ali se juntarem alguns locais ou turistas. Nos períodos de verão, mais de 400 pessoas por dia chegavam a usar as termas e os banhos, mesmo sem terem as condições exigíveis e que mereceriam.

Miradouro da Senhora da Boa Morte


em Tralhariz

Moinhos de Vilarinho da Castanheira


Paisagem de Ribalonga





Miradouro de N.ª Sr.ª da Saúde


Cruzeiro de Codeçais

Igreja do Pinhal do Norte

Fonte das Seixas

Casa brasonada Parambos

Igreja de Belver

Igreja do Amedo

N.ª Senhora da Graça


N.ª Senhora da Graça

Igreja dos Pereiros



Igreja dos Pereiros

Sra. da Paixão em Arnal


Sr.a da Paixão

Conta-se que há muitos muitos anos morava nessa ermida um frade solitário que todos os dias se deslocava a uma considerada distância para se abastecer de água.
Num desse dias de regresso a casa com a cântara que transportava numa das mãos iniciou a subida do escadario e depois de transpor o portão, saiu-lhe de uma das plantas (de alecrim) que ali ainda se encontrava, uma enorme serpente, que lhe fez passar por um grande susto.
Este depois de refeito do mesmo disse-lhe:
- "Vai com Deus."
Em seguida a serpente respondeu:
- Para Deus quero seguir, mas preciso da tua ajuda.
O frade respondeu-lhe:
- O que devo fazer para te ajudar?
- Vais à aldeia (Arnal) dizes ao António Ventura, que mande dizer duas missas à Senhora da Paixão, que pelo mal que me fez, eu lhe perdoarei.
O frade apressou-se a cumprir a promessa. Ditas as missas, nunca mais lhe apareceu a dita serpente entrando no Reino de Deus, quem por amor se tinha perdido.
Daí para o futuro o Santo do frade, dormiu com a tranquilidade de quem tinha tido a aventura de introduzir uma alma penada no Céu.

Contada por Manuel Costa, 87 anos.
Arnal freguesia de Linhares



Casa Senhorial de Alganhafres, capela de S. António



"Alganhafres merece uma visita para todos os que querem ver pedaços genuínos da arquitetura tradicional transmontana, mantendo as escadas exteriores, o patamar, por vezes o alpendre, a pedra em cantaria ou rústica e, maioritariamente, com rés-do-chão e 1.º andar.
Atualmente não há separação das duas aldeias. Quem entra pela denominada Carvalha, logo se depara com o velho fontanário. Situado no grande largo do Terreiro, era local de encontros e partilha de segredos. Aí se abasteciam as casas de água, bebiam as crias ao final da tarde no regresso aos estábulos. Do local partem dois caminhos para a aldeia que rodeiam num círculo amplo e convidativo para a contemplação de quadros de arquitetura rural transmontana.
Pela esquerda chega-se mais depressa à Capela de Santo António, com brasão datado do século XVIII e as armas da família Sousa Prado com um tipo de escudo francês (Lopes: 1996). Por baixo do escudo encontra-se a data 1789, que indicará o ano em que se fez a capela.
A capela, no meio da povoação, bem enquadrada duma enorme casa rural e de outras construções rurais com pedra aparelhada, e com muros laterais a ligar as habitações em volta, formando uma entrada poente com uma espécie de portal que dá acesso ao largo fronteiriço. É a Casa Grande, uma construção do século XVIII.
Em tempos de seca, era infalível para chover a tradicional novena a santo António que as almas piedosas encenavam. E que a grande devoção terminava quase sempre com a concessão da chuva.
Prosseguindo este itinerário, à esquerda e à direita, depara-se o viajante com múltiplas casas e ambientes rurais, caminhos estreitos e com forte traço medieval, como alguém disse é “um local maravilhoso para fazer um filme com cenas rurais do início do século, pois ainda mantém uma certa traça rural bem campesina doutros tempos.” (Tavares: 1999).
À saída para a Lavandeira situa-se a velhinha e em ruínas a capela do Divino Espírito Santo, já referida. Na estrada que sobe para a Selores, do lado esquerdo, a fonte do Reguengo."
do livro "Selores ...e uma casa"